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Queres privado? Paga!

6/6/2016

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Eu confesso que quando vi pela primeira vez a contestação pelas recentes medidas tomadas pelo Governo em extinguir alguns contratos de associação, pensei que isso fosse algo que "incha, desincha e passa". Mas pelos vistos não! Sucederam-se as ações de manifestação, principalmente por parte de pais dos alunos dos colégios privados.

Vamos por partes. É importante englobar esta situação primeiro. 

O que são os contratos de associação? Basicamente, são acordos que o Estado fez com vários colégios privados pelo país fora para que estes recebessem alunos onde a oferta da rede pública de escolas eram insuficiente ou inexistente. O Estado pagava assim anualmente uma verba para que estes alunos pudessem frequentar um estabelecimento de ensino privado não ficando portanto, sem acesso à educação, princípio fundamental da sociedade e obrigatório por lei.

Como é óbvio, ao longo dos anos, a rede pública de escolas foi aumentando e com isto, alargando a sua capacidade para acolher alunos. O número de estabelecimentos privados também viu aqui uma forma de rendimento e também continuou a crescer.

Chegamos a um ponto em que, em muitos casos, a oferta pública é suficiente para acolher os alunos da área geográfica e nestas situações, o Estado achou (e bem) terminar os contratos com os estabelecimentos privados. Aqui é que se entornou o caldo...

Papás habituados a ter os seus filhinhos numa escola privada (supostamente com melhor ensino - ou não) começaram a disparar contra tudo e contra todos.

Não tardaram a aparecer as virgens ofendidas a proferirem obscenidades como esta:
 Imagem
Ora, eu também quero o melhor para o meu filho! Acho que nenhum pai quer o pior. Mas isso dá-me o direito de "obrigar" os outros pais a pagar o ensino do meu filho?

Eu também gostaria de, quando tenho o meu filho doente, o poder levar ao médico ao Hospital da Arrábida, mas infelizmente, não tenho posses para tais e vou com ele ao Hospital São João! Se é melhor ou pior, existem bons médicos no público e no privado e existem maus médicos no público e também no privado. Mas também existe bom ensino no público e no privado e também existe mau ensino no público e no privado!

Se acham que os vossos filhos terão melhor ensino no privado, força! Matriculem-no lá. Mas paguem!!

O Estado está a retirar os apoios aos privados que se localizam em zonas com oferta pública suficiente. Cada qual é livre de escolher. Se quer ensino gratuito, tem o público. Se quer ir para o privado, PAGUEM dos vossos bolsos!

Deixem de fazer figuras tristes na rua, vestidos de amarelo e a empunhar cartazes que são autênticas anedotas. Se vocês que se manifestam também andaram no privado, então lamento informar que o vosso ensino foi muito mau, pois (além de ver cartazes com erros ortográficos) não sabem interpretar decretos! É isso que querem para os vossos filhos?

Ganhem mas é juízo! Abram os cordões à bolsa e deixem-se de choradeiras!

Já sei que alegam que há uma diferenciação entre colégios privados e escolas com contratos de associação. No entanto, mesmo estas últimas, não deixam de ser dispensáveis quando a oferta pública é suficiente! 

E agora vou tocar na ferida: quantos gestores, directores, professores ganham alarvidades nestas escolas "semi-públicas"? De onde vem esse dinheiro? 

​Deixo a questão no ar....
Comentários

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    Quem sou eu?
    Boa pergunta. 
    A resposta poderá estar nas entrelinhas!

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